sexta-feira, 17 de junho de 2011

Com Louvor, Sr King Jr!



Antes que seja tarde demais, devemos diminuir
a distância entre nossas declarações de paz
e nossas ações vis, que precipitam e perpetuam a guerra.
É nosso dever levantar os olhos do pântano
de programas militares e investimentos em defesa
e ler os avisos nas placas da história.

Um dia veremos que a paz não é apenas um
objetivo distante que buscamos, mas um meio pelo qual
chegaremos a esta meta. Devemos procurar metas de paz
através de meios pacíficos. Quanto tempo ainda precisaremos
praticar jogos de guerra mortais antes de ouvir as súplicas
dos incontáveis mortos e mutilados das guerras passadas?


Portanto, sugiro que a filosofia e a estratégia da não-violência
sejam imediatamente estudadas e seriamente aplicadas
em todos os campos do conflito humano, sem excluir
as relações entre os Estados. Afinal, são as nações-estado
que fazem a guerra, que produzem as armas que ameaçam
a sobrevivência da humanidade,
e que mostram um caráter suicida e genocida.


Não basta dizer "Não devemos fazer guerra".
É preciso amar a paz e fazer sacrifícios por ela.
Precisamos nos concentrar não somente em erradicar a guerra,
mas em afirmar a paz. Chegou-nos da literatura grega
uma fascinante história sobre Ulisses e as Sereias:
Era tão doce o seu canto que os marinheiros
não resistiam e rumavam para sua ilha. Muitos navios
eram levados até as pedras, os homens se esqueciam de casa,
do dever e da honra e atiravam-se ao mar para
abraçar as criaturas que os levavam ao fundo e à sua morte.
Ulisses, decidido a não sucumbir às Sereias, primeiro
amarrou-se firmemente ao mastro do navio e
pediu à tripulação que tampasse seus ouvidos com cera.
Por fim Ulisses e sua tripulação aprenderam
um método melhor de salvamento: Trouxeram a bordo
um ótimo cantor, Orpheu, cujas melodias eram mais doces
que aquelas das Sereias. Quando Orpheu cantava,
quem quereria ouvir as Sereias?



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