Somos a perfeição imperfeita criada por nós mesmos.
Complemento do incompleto que assim sempre será.
Confuso objetivo com o dom de atrapalhar.
Caminhamos corremos sem sair do lugar.
O início sem o meio e o presente sem um por vir.
Somos abstratos complexos de possibilidades incertas.
Assim somos ou nada somos.
Essa é a constatação que nada constata.
Profundas ideias de um raso mar conturbado.
Seriamos assim se algo fôssemos nós.
Estaremos aqui pela vontade ou não.
Como a luz do anoitecer que se acanha em meio ao dia.
Por Jefferson dos Santos